Prisma Fit
Notícias sobre ciência, saúde e qualidade de vida.

Atividade física e câncer de mama

4/29/2009 09:35:00 PM

Mulheres diagnosticadas com câncer de mama apresentam sintomas de depressão associados ao baixo nível de atividade física. Pesquisadores de Ohio – EUA relataram em estudo publicado recentemente na revista científica Psycho Oncology, que o apoio da família parece reduzir declínios no nível de atividade física.

O objetivo principal era estimar em 5 anos a trajetória de atividade física em mulheres com câncer de mama e avaliar variáveis biopsicossociais (status de saúde, sintomas físicos, saúde relacionada a qualidade de vida, sintomas de depressão e apoio social) mensuradas logo após o diagnóstico do câncer e acompanhadas por 5 anos.

Foram avaliadas 227 mulheres diagnosticadas com câncer de mama no estágio II e III tratadas cirurgicamente antes do início da quimioterapia. Todas as avaliações foram conduzidas a cada 4 meses durante o primeiro ano e a cada 6 meses nos 4 anos subseqüentes (total de 12 avaliações em 5 anos). Foi avaliado o nível de atividade física inicial assim como diversas variáveis biopsicossociais (status de saúde, sintomas físicos, saúde relacionada a qualidade de vida, sintomas de depressão e apoio social).

Os resultados apontaram mudanças evidentes no status de atividade física. A atividade física aumentou significativamente nos 18 primeiros meses e caiu drasticamente nos 42 meses subsequentes. Baixa saúde física, sintomas de depressão e baixasaúde relacionada à qualidade de vida foram associados ao menor nível de atividade física. O apoio familiar demonstrou reduzir o declínio de atividade física nos 42 meses finais do estudo.

Concluiu-se que o estado emocional de saúde relacionado à qualidade de vida acompanhados por 5 anos após diagnóstico de câncer de mama parece ser determinante para manter o nível de atividade física nos primeiros 2 anos após o diagnóstico. Intervenções através da atividade física podem reduzir sintomas de depressão no curso do tratamento de câncer.

Emery CF, Yang HC, Frierson GM, Peterson LJ, Suh S.Determinants of physical activity among women treated for breast cancer in a 5-year longitudinal follow-up investigation.Psychooncology. 2009 Apr;18(4):377-86.

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Gripe suína

4/29/2009 04:37:00 AM

A Organização Mundial de Saúde publicou um documento no mês de abril em seu site, com informações sobre a gripe suína. Muita gente lê nas manchetes, mas não sabe ao certo o que vem a ser esta tal de “gripe suína”. Por este motivo, resolvi ler sobre o assunto e escrever de forma simples e baseada em informações científicas sobre o assunto.

Pandemia influenza são eventos recorrentes imprevisíveis, mas que pode ter graves consequências para a saúde humana e o bem-estar econômico mundial. O planejamento antecipado e preparação são fundamentais para ajudar a atenuar o impacto de uma pandemia global. Já ocorreram três pandemias no século 20, conforme publicado no documento da OMS, 2009.

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A organização mundial de Saúde decidiu elevar o nível de alerta pandêmico de 3 para 4, numa escala de seis. Significa isto que houve “uma subida significativa” do risco de uma epidemia global causada pelo novo tipo de vírus da gripe suína. A designação da gripe suína como de "potencial pandêmico" significa que o surto pode se espalhar por outros países e até mesmo por outros continentes.

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Siga abaixo algumas perguntas e respostas

Como o vírus influenza com potencial pandêmico se desenvolve?

Vários animais naturalmente infectados com o vírus influenza circulam no meio e entre espécies de mamíferos. A maior parte dos vírus influenza não infecta humanos. Entretanto, em uma ocasião, um vírus do animal infectou um humano.

O que é o vírus influenza?

É uma doença que afeta as vias respiratórias causada por um vírus extremamente contagioso. Existem três tipos de vírus (A, B e C) eles podem sofrer mutações gerando vários subtipos. Pode afetar todas as idades e as mutações importantes do vírus podem causar complicações graves incluindo morte principalmente em crianças e idosos.

O resfriado comum é o mesmo que o vírus influenza?

Não. Ambas afetam as vias respiratórias agudas e tem sintomas parecidos, mas o microorganismo que causa o vírus influenza é diferente do que causa um resfriado comum.

Como se contagia com o vírus influenza?

Contato de pessoas infectadas através de secreções do nariz e boca (tossir, espirrar, falar) e por contato direto (mãos, beijos). É muito contagiosa (3-7 dias após se manifestam os sintomas) e de maior risco quando se manifesta em locais fechados.

Quais os sintomas do vírus influenza?

Febre maior que 38° C;

Tosse freqüente e intensa;

Falta de apetite;

Dor de cabeça;

Congestão nasal;

Mal estar geral.

Como é feito o diagnóstico de gripe suína?

É necessário que um médico faça um exame clínico detalhado e investigue históricos de risco de contágio como viagens e contato com outras pessoas. O diagnóstico se realiza mediante a identificação do vírus em secreções do nariz durante as primeiras horas (24-72 horas) iniciada a doença e mediante análise do sangue para identificar anticorpos.

O quadro pode se complicar?

Sim. Quando não tratado adequadamente pode gerar complicações principalmente respiratórias e até mesmo cardíacas, incluindo morte.

Existe tratamento para o vírus influenza? 2 respostas de diferentes fontes

Não existe tratamento e sim medicamentos que tornam a doença mais suportável, diminuindo os sintomas e que devem ser administrados durante as primeiras 48hs após infectado o indivíduo. Os medicamentos são de uso específico somente um médico capacitado pode determinar as dosagens para um paciente (informação do Ministério da Saúde do México).

Sim.O Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC) recomenda o uso de “oseltamivir” ou “zanamivir” para tratamento ou prevenção de infecção do vírus influenza. A drogas antivirais devem ser administradas até 2 dias após o contágio (informação do CDC – Centers for Disease Control and Prevention).

Como prevenir? 2 respostas de diferentes fontes

Existe uma lacuna sobre como se deve prevenir. Uma vacina tem sido referida como o melhor caminho para a prevenção da gripe e é elaborada todos os anos, tendo em conta os tipos de vírus que circulam no mundo. É bem tolerada, mas não se aplica a pessoas com alergia a proteína de ovos, ou com uma história de reação grave à vacina ou que tenham sofrido de síndrome de Guillain-Barré* (seis semanas antes da vacinação) (informação do Ministério da Saúde do México).

Não existe vacina no momento para tratar a gripe suína. Existem ações que podem ajudar a prevenir o contágio:

Cobrir o nariz e boca com tecido quando você tossir ou espirrar. Jogue este tecido no lixo após usá-lo;

Lave suas mãos com sabão e água, especialmente após tossir e espirrar. Desinfetantes a base de álcool também são efetivos;

Evite tocar nos olhos, boca e nariz pois os germes se espalham desta forma;

Evite contato com pessoas doentes;

Se você for contaminado com o influenza, o CDC recomenda que fique em casa e limite o contato com outras pessoas para que evite o contágio (informação do CDC – Centers for Disease Control and Prevention).

A síndrome de Guillain-Barré ou polirradiculoneurite aguda é caracterizada por uma inflamação aguda com perda da mielina (membrana de lipídeos e proteína que envolve os nervos e facilita a transmissão do estímulo nervoso) dos nervos periféricos e às vezes de raízes nervosas proximais e de nervos cranianos (nervos que emergem de uma parte do cérebro chamada tronco cerebral e suprem às funções específicas da cabeça, região do pescoço e vísceras).

Referências Bibliográficas

http://www.sarah.br/paginas/doencas/po/p_14_Sindrome_Guillain.htm

http://portal.salud.gob.mx/contenidos/noticias/influenza/alerta_influenza.html

http://www.cdc.gov/swineflu/

http://www.opas.org.br/

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Dieta com exercício para adultos idosos obesos

4/27/2009 08:27:00 PM

Tanto a obesidade quanto e envelhecimento aumentam o conteúdo de gordura intra hepática, o que leva a doença hepática não alcoólica em obesos e alterações metabólicas como a resistência à insulina.

Um estudo publicado em abril na Revista “Obesity”, avaliou os efeitos da dieta e da dieta com exercício no conteúdo de gordura intra hepática e associação com anormalidades metabólicas em obesos adultos idosos.

Dezoito obesos (IMC> / = 30 kg / m (2)) adultos idosos (> / = 65 anos) completaram 6 meses de um ensaio clínico. Os participantes foram randomizados em dois grupos, um de dieta e outro de dieta + exercício, com 9 indivíduos em cada grupo.

O peso corporal reduziu significativamente tanto no grupo da dieta -9 + / - 1% quanto no grupo dieta + exercício -10 + / - 2%. A massa gorda reduziu no grupo da dieta -13 + / - 3%, e no grupo dieta + exercício -16 + / - 3%, , mas não houve diferença entre os grupos. O conteúdo de gordura intra hepática diminuiu de forma semelhante para os dois grupos sendo o da dieta -46 + / - 11%, e o dieta + exercício - 45 + / - 8%.

Aconteceram melhorias na sensibilidade a insulina no grupo da dieta 66 + / - 25%, e dieta + exercício também 68 + / - 28%. Houve uma relativa diminuição no conteúdo de gordura intra hepática correlacionada com relativo aumento da sensibilidade do índice de insulina.

Melhorias no condicionamento aeróbio (VO2pico), força, triglicerídeos plasmáticos, colesterol e pressão arterial diastólica ocorreram apenas no grupo dieta + exercício, mas não no grupo dieta.

Dieta com ou sem exercício resulta em significativas diminuições no conteúdo de gordura intra hepática acompanhada por uma considerável melhoria na sensibilidade insulina em adultos idosos obesos.

A adição de exercícios físicos à dieta melhora parâmetros de aptidão física e outros fatores metabólicos relacionados com a obesidade e o envelhecimento.

Shah K, Stufflebam A, Hilton TN, Sinacore DR, Klein S, Villareal DT. Diet and Exercise Interventions Reduce Intrahepatic Fat Content and Improve Insulin Sensitivity in Obese Older Adults. Obesity (Silver Spring). 2009 Apr 23.

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Mensagens que estimulam exercícios físicos podem aumentar o apetite

4/24/2009 07:58:00 PM

Esta foi a conclusão de um estudo publicado na Revista Científica Obesity” em Fevereiro de 2009.

Comunicações para estimular a perda de peso incluem mensagens que procuram estimular a prática de exercícios e podem produzir resultados insatisfatórios devido ao comportamento compensatório e mecanismos metabólicos desencadeados pela atividade física.

A investigação buscou avaliar o potencial de facilitação de comer imediatamente após mensagens que estimulam exercícios físicos, na ausência de exercício efetivo.

Dois experimentos controlados demonstraram maior ingestão alimentar após a exposição de mensagens típicas de exercício impressas, bem como apresentação de campanhas subliminares com palavras de ações associadas com exercício (por exemplo, "ativo"). Estes efeitos podem inadvertidamente explicar a limitada eficácia de programas para perda de peso que estimulam o exercício, especialmente quando as orientações dietéticas estão ausentes.

Albarracin D, Wang W, Leeper J. Immediate Increase in Food Intake Following Exercise Messages. Obesity (Silver Spring). 2009 Feb 26.

Veja aqui as mensagens utilizadas do estudo. Página 9.

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Cafeína pode diminuir a dor muscular

4/21/2009 08:32:00 PM

Algumas xícaras antes do treino de exercício pode diminuir a dor muscular, é o que sugere um estudo publicado no International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism..

Pesquisadores descobriram que os homens jovens que realizaram sessão de alta intensidade em bicicleta tinham menos dor muscular quando ingeriam cafeína antes do exercício.

Os benefícios foram observados tanto em consumidores habituais de café quanto naqueles que normalmente rejeitavam cafeína.

Estes achados acrescentam evidências a estudos anteriores que mostravam que a cafeína poderia ajudar a prevenir dor muscular, dor  que atinge durante e após nova rotina de exercícios.

Em teoria, a cafeína pode limitar dor muscular, bloqueando a atividade de uma substância química chamada adenosina. A adenosina é liberada como parte da resposta inflamatória à lesão e dor e pode ativar receptores em células do organismo.

Estes últimos achados sugerem que a cafeína poderia ser uma forma segura para indivíduos ativos evitarem dor muscular.

O estudo incluiu 25 homens fisicamente ativos, dos quais metade normalmente consumiam pouca a nenhum cafeína. O resto tipicamente consumiam pelo menos 400 miligramas de cafeína por dia - o equivalente a três a quatro xícaras de café.

Os voluntários pedalavam por 30 minutos em alta intensidade, em duas situações. Em uma ocasião, os homens receberam uma dose de cafeína equivalente a duas a três xícaras de café uma hora antes do treino, na outra, eles receberam um placebo, ou seja, não tomavam café.

Os voluntários relataram menos dores musculares na coxa, com cafeína, em comparação com placebo. Uma vez que não houve diferença entre os consumidores habituais de cafeína e não-consumidores, não podemos relacionar uma tolerância à dor aos efeitos crônicos da cafeína.

Fonte: International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism, de Abril de 2009. www.reutershealth.com

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Uma sessão de exercício físico diminui a pressão arterial em diabéticos

4/18/2009 03:43:00 PM

Uma única sessão de exercício físico diminui a pressão arterial. O fenômeno conhecido como hipotensão pós-exercício é caracterizado pela queda da pressão arterial imediatamente após o fim do exercício abaixo dos valores pré-exercício. Por exemplo, se um indivíduo possui a pressão arterial de 135 x 90 mmHg antes de fazer o exercício (135 mmHg = pressão arterial sistólica; 90 mmHg pressão arterial diastólica), após o fim da atividade ela pode diminuir para 110 x 80 mmHg. O quanto a pressão arterial cai depende de diversos fatores entre eles tipo, intensidade e duração do exercício.

A hipotensão pós-exercício tem sido comprovada em hipertensos porém em diabéticos ainda não se sabe se ela realmente ocorre. Por este motivo, pesquisadores da Universidade Católica de Brasília realizaram um estudo com o objetivo verificar a ocorrência de hipotensão pós-exercício em diabéticos tipo 2.

Participaram da pesquisa onze homens e mulheres com diabetes tipo 2 com idade entre 45 e 70 anos. Eles realizaram primeiramente um teste incremental (teste de esforço na bicileta) para avaliação cardiovascular e determinação da intensidade do exercício (utilizando como parâmetro o limiar de lactato). Os diabéticos então realizaram duas sessões de exercício na bicicleta com 20 minutos de duração (uma acima e outra abaixo do limiar de lactato) e uma sessão controle (sem nenhum exercício).

Em todas as sessões, a pressão arterial foi medida em repouso, ao final dos 20 minutos de exercício / ou na sessão controle e a cada 15 min durante 120 min de recuperação pós-exercício.

Ambas as intensidades de exercício provocaram reduções na pressão arterial sistólica, porém a intensidade mais alta, acima do limiar de lactato, reduziu também a pressão diastólica. Os autores concluem que apesar da intensidade mais alta ter produzido maiores reduções na pressão arterial, sugerem cautela quanto a prescrição do exercício para esta população.

A soma dos efeitos agudos, ou seja, de uma única sessão é que traz os benefícios a longo prazo. Por isto não adianta só fazer uma vez e pronto! O importante é se manter ativo para aproveitar todos os benefícios que o exercício traz para a sua saúde.

Lima LC, Assis GV, Hiyane W, Almeida WS, Arsa G, Baldissera V, Campbell CS, Simões HG. Hypotensive effects of exercise performed around anaerobic threshold in type 2 diabetic patients. Diabetes Res Clin Pract. 2008 Aug;81(2):216-22.

* Este texto foi elaborado especialmente para o Portal Diabetes. http://www.portaldiabetes.com.br

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Baixo condicionamento e diabetes

4/15/2009 04:12:00 AM

Um estudo publicado na Diabetes Care em Março de 2009 apontou uma relação entre baixo condicionamento aeróbio e risco para desenvolver diabetes. O objetivo principal foi testar a associação de mudanças de condicionamento ao longo de 7 - e 20 anos, com o desenvolvimento de diabetes na meia idade.

O condicionamento foi determinado baseado na duração máxima de um teste de esteira (protocolo de BALKE) por pelo menos três testes até os 20 anos de idade em 3.989 homens e mulheres (brancos e negros).

Diabetes foi identificado com glicemia capilar em jejum> ou = 126 mg / dL, pós-prandial> ou = 200 mg / dL, ou uso de medicações para diabetes.

Os resultados apontaram um desenvolvimento para diabetes com uma taxa de 4 para 1000 pessoas-ano em mulheres (em uma amostra de 149 mulheres) e homens (em uma amostra de 122 homens) e menor aptidão inicial foi associada com uma maior incidência de diabetes em todas as raças e gêneros (masculino e feminino).

Em média, o condicionamento diminuiu 7,6% nas mulheres e 9,2% em homens ao longo de 7 anos. Os participantes que desenvolveram diabetes com mais de 20 anos, apresentaram queda significativamente maior em relação a aptidão ao longo de 20 anos versus aqueles que não desenvolveram diabetes.

Concluiu-se que o baixo condicionamento é significativamente associado a incidência de diabetes e pode ser explicado em parte, pela relação entre IMC e fitness.

Carnethon MR, Sternfeld B, Schreiner PJ, Jacobs DR Jr, Lewis CE, Liu K, Sidney S. Association of 20 year Changes in Cardirespiratory Fitness with Incident Type 2 Diabetes: The CARDIA Fitness Study. Diabetes Care. 2009 Mar 26.

* Este texto foi elaborado especialmente para o Portal Diabetes. http://www.portaldiabetes.com.br

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Amamentação previne obesidade?

4/14/2009 07:51:00 PM

Você foi amamentado pela sua mãe? Estudos apontam que a amamentação pode prevenir a obesidade em crianças.

Dr.Dietz em 2001 publicou um artigo sobre o tema no Editorial da Revista JAMA. A primeira pesquisa citada pelo pesquisador foi a de Hediger et al., (2001) que avaliou 2685 crianças com idade de 3 a 5 anos. Neste estudo a amamentação pareceu não estar associada ao sobrepeso.

Já no segundo artigo, Gillman et al., (2001) verificaram 15000 adolescentes de 9 a 14 anos. As análises foram ajustadas para evitar efeito de variáveis como tempo gasto assistindo TV, atividade física semanal, dieta e índice de massa corporal (IMC) materno. Ao contrário dos resultados de Hediger et al., (2001), Gillman et al., (2001) constatou que crianças que receberam exclusivamente leite materno nos 6 primeiros meses de vida tinham risco significativamente menor de sobrepeso. Além disso, o risco de excesso de peso foi menor entre crianças que foram amamentadas pelo menos por 7 meses comparadas a crianças que foram amamentadas 3 meses ou menos.

A diferença dos resultados encontrados nos dois estudos pode ter ocorrido devido a idade avaliada.

Outro estudo que utilizou uma amostra de quase 10.000 crianças alemãs com idade entre 5 a 6 anos, observaram uma redução da prevalência da obesidade entre crianças que foram amamentadas, bem como um efeito dose-resposta do aleitamento materno (von Kries et al., 1999).

O mecanismo pelo qual o aleitamento materno pode proteger contra o sobrepeso ou obesidade ainda não foi totalmente esclarecido. Como Hediger et al.m (2001) e Gillman et al., (2001) sugerem, crianças que são amamentadas podem ter mais “consciência” sobre a quantidade de leite que necessitam consumir do que aqueles que são alimentados com fórmula.

A ingestão de fórmula de leite para lactentes alimentados pode em parte, ser definido pela pessoa que está alimentando o bebê, o que pode levar a criança a ter mais alimento baseado na mãe do que nele / no que a mãe acha que ele deve consumir.

Diferentes respostas endócrinas a fórmulas prontas e leite materno podem também promover uma maior deposição de gordura corporal, através da maior energia de consumo que excede o gasto energético.

Uma terceira alternativa é que as preferências alimentares posteriores a amamentação pode ser afetada pelo modo de alimentação infantil. Por exemplo, lactentes que foram amamentados adaptam melhor a introdução de novos alimentos mais facilmente do que aqueles que foram alimentados com fórmula, talvez porque o sabor do leite materno varia mais do que o sabor do leite de formulas.

O leite materno já é reconhecido como o melhor alimento para bebês. O início e aumento da duração do aleitamento materno fornecem um baixo custo sendo uma estratégia facilmente disponível para ajudar a prevenir obesidade infantil e do adolescente.

Dietz WH. Breastfeeding May Help Prevent Childhood Overweight JAMA.2001; 285: 2506-2507.

Gillman MW, Rifas-Shiman SL, Camargo CA Jr, et al. Risk of overweight among adolescents who were breastfed as infants. JAMA. 2001;285:2461-2467.

Hediger ML, Overpeck MD, Kuczmarski RJ, Ruan WJ. Association between infant breastfeeding and overweight in young children. JAMA. 2001;285:2453- 2460.

von Kreis R, Koletzko B, Sauerwald T, et al. Breast feeding and obesity: cross sectional study. BMJ. 1999;319:147-150.

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“Futebolzinho”

4/13/2009 07:50:00 PM

Para analisar os efeitos na saúde da participação regular em contextos recreativos de futebol, 38 homens sedentários saudáveis com idades entre 20-43 anos do sexo masculino foram randomizados em um grupo de futebol, um grupo de corrida e um que não fez exercício nenhum.

O treinamento foi realizado por uma hora, duas a três vezes por semana durante 12 semanas, em uma freqüência cardíaca média de cerca 82% da FCmax para o futebol e corrida. Durante o período de 12 semanas, o consumo máximo de oxigênio aumentou 13% no futebol e 8% na corrida.

No grupo que fez futebol, a pressão arterial sistólica reduziu de 132 ± 2 para 123 ± 3 mm Hg e a diastólica de 77 ± 2 para 72 ± 2 mmHg, após 12 semanas, com diminuições semelhantes observados para o grupo dos corredores.

Após as 12 semanas a diminuição da gordura corporal foi de 3,0% (2,7 ± 0,6 kg) para futebol e 1,8% (1,8 ± 0,4 kg) para corrida.

Apenas no futebol foi observado um aumento da massa magra (1,7 ± 0,4 kg), um aumento na massa óssea da extremidade inferior (41 ± 8 g), uma diminuição do LDL-colesterol (2,7 ± 0,2 a 2,3 ± 0,2 mM) e um aumento na oxidação de gordura durante corrida de 9,5 km / h.

Nenhuma alteração em qualquer uma das variáveis foram observadas no grupo que não treinou.

Foi concluído que a participação regular em futebol recreacional traz importantes efeitos benéficos sobre a saúde e a capacidade física de homens sedentários e, em alguns aspectos, é superior à intensidade moderada freqüentes correr.

Krustrup P, Nielsen JJ, Krustrup B, Christensen JF, Pedersen H, Randers MB, Aagaard P, Petersen AM, Nybo L, Bangsbo J. Recreational soccer is an effective health promoting activity for untrained men. Br J Sports Med. 2008 Dec 22.

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Pirâmide Alimentar

4/12/2009 01:42:00 PM

A pirâmide alimentar é uma representação gráfica que ajuda as pessoas a entenderem como comer bem e de forma saudável e foi desenvolvida em 1992. Existem atualmente duas pirâmides alimentares. O Departamento de Agricultura Americano (USDA), alterou a pirâmide alimentar, em 2005, porque queria transmitir um melhor exemplo de como comer saudável. A pirâmide é baseada nos melhores dados científicos disponíveis relativos entre dieta e saúde.

Na pirâmide antiga, você deveria se concentrar em torno dos alimentos na base da pirâmide alimentar, e comer menos os alimentos do topo. Se você está precisando emagrecer, então você deve ingerir o número mínimo de porções diárias recomendadas. Se você precisa ganhar peso, deverá comer o máximo número de porções.

A Nova Pirâmide Alimentar é um instrumento para educar as pessoas a comer uma dieta mais equilibrada a partir de uma maior variedade de porções alimentares sem contar calorias. O USDA ampliou de quatro para seis grupos alimentares e ampliou o número de porções para satisfazer as necessidades da maioria das pessoas.

A Nova Pirâmide é mais flexível e precisa do que a antiga. Tudo depende do estilo de vida da pessoa e o quanto de exercício realiza durante uma semana.

Por este motivo a Nova Pirâmide destaca a importância da atividade física. Segundo recomendações da pirâmide, adultos devem se exercitar durante pelo menos 30 minutos na maior parte dos dias da semana, já as crianças 60 minutos. Sessenta a 90 minutos diários de atividade física pode ser necessária para evitar ganho de peso ou manter a perda de peso.

O USDA e outras entidades americanas atualizam a cada 5 o “Dietary Guidelines”. Em 2005 foi publicado o último fornecendo conselhos para pessoas mais velhas sobre bons hábitos alimentares que podem melhorar a saúde e reduzir o risco de principais doenças crônicas.

O Dietary Guidelines 2005 continua a ser a orientação atual até o ano 2010.

 

 

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http://www.washingtonpost.com/wp-srv/nation/daily/graphics/diet_042005.gif

http://www.mypyramid.com

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Soja e câncer

4/09/2009 04:57:00 PM

Carcinogênese é um processo multifatorial que depende de fatores genéticos e ambientais. Tem sido relatado que alto nível de consumo de produtos com soja diminui a incidência de câncer e taxas de mortalidade em países do oriente. Lunasina é uma substância (peptídeo) inicialmente descoberta na soja e agora encontrada em outros grãos que demonstrou possuir atividades anti-cancerígenas. Foi demonstrado em células de mamíferos prevenir de forma eficaz o carcinogênese química e oncogênese viral. Este peptídeo também se mostrou capaz de prevenir câncer de pele em ratos. A biodisponibilidade após a administração oral influencia as respostas como agente quimio-preventivo.

Por este motivo, pesquisadores da Califórnia decidiram avaliar a presença de lunasina no plasma (sangue) de homens após o consumo de proteína de soja. Cinco homens de 18 a 25 anos consumiram 50g de proteína de soja por 5 dias, e o sangue foi coletado 30 minutos e 1 hora após a ingestão de soja no quinto dia. Diversos testes realizados comprovaram a presença de lunasina 30 min e 1h após o consumo de soja. Não foram detectadas lunasina em amostras de sangue de indivíduos que não ingeriram soja. Os resultados sugerem que a lunasina é biodisponível em humanos e representa importante potencial anti-cancerígeno.

Dia VP, Torres S, De Lumen BO, Erdman JW Jr, De Mejia EG. Presence of lunasin in plasma of men after soy protein consumption. J Agric Food Chem. 2009 Feb 25;57(4):1260-6.

Hernández-Ledesma B, Hsieh CC, de Lumen BO. Lunasin, a novel seed peptide for cancer prevention. Peptides. 2009 Feb;30(2):426-30.

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O exercício físico pode reduzir a vontade de comer chocolate

4/09/2009 04:22:00 PM

Estudo publicado na revista científica “Appetite” em fevereiro de 2009 aponta que o exercício prévio reduz o desejo de comer chocolate. Participaram do estudo 25 comedores regulares de chocolates. Eles foram orientados a ficarem sem comer chocolate por 3 dias e a realizaram duas sessões em dias separados, sendo uma com a realização do exercício prévio (15 minutos de caminhada) e outra sem exercício (sessão controle). Após esta primeira parte eles realizaram dois testes, um de estresse e outro que consistia em segurar uma barra de chocolate sem a embalagem. Foram avaliadas as respostas fisiológicas, como por exemplo a pressão arterial sistólica e diastólica. No dia sem exercício os “chocólatras”com a barra de chocolate na mão tiveram um aumento da pressão arterial. O exercício prévio reduziu o desejo de comer chocolate e atenuou o aumento da pressão arterial sistólica e diastólica em resposta ao teste de estresse e ao teste do chocolate nas mãos. Quem sabe um bom artifício é fazer exercício antes de comer os ovos de páscoa...

Taylor AH, Oliver AJ. Acute effects of brisk walking on urges to eat chocolate, affect, and responses to a stressor and chocolate cue. An experimental study. Appetite. 2009 Feb;52(1):155-60.

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Dormir pouco engorda!

4/07/2009 07:15:00 AM

Parece existir uma relação entre sono e obesidade, uma vez que em animais que foram impedidos de dormir foi observado aumento da ingestão alimentar. Algumas evidências apontam que a privação de sono aumenta não somente o apetite, como também a preferência por alimentos mais calóricos.

A diminuição do tempo de sono, muito comum nas sociedades modernas, é um fator de risco para o aparecimento da obesidade e também de outros fatores de risco cardiovasculares e metabólicos como hipertensão arterial e resistência à insulina.

A redução do tempo de dormir tornou-se um hábito atualmente sendo que ao longo de 40 anos, a duração do sono diminuiu de 1,5 a 2 horas nos Estados Unidos. A proporção de jovens adultos com um período de sono inferior a sete horas por noite aumentou de 15,6% em 1960 para 37,1% em 2001–2002 (Kripke et AL., 1979; National Sleep Foundation, 2002).

Estudos epidemiológicos recentes correlacionam a curta duração do tempo de sono com o aumento do índice da massa corporal (IMC) em diferentes populações (Bonet e Arand, 1995; Sekine et al., 2002).

A modificação do padrão de sono pode levar a desajustes endócrinos que induzem ao aparecimento da obesidade. Por isto, durma bem para manter seu peso e sua saúde!

CRISPIM, Cibele Aparecida et al. Relation between sleep and obesity: a literature review. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2007, vol.51, n.7.

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Vídeo game melhora a saúde de crianças?

4/05/2009 10:36:00 AM

Vídeo game pode melhorar a saúde de crianças com sobrepeso? Segundo pesquisadores da Universidade de “West Virginia” pode sim! Eles investigaram se vídeo games “ativos” como o Dance Dance Revolution, parecido com o videogame Wii, é efetivo em melhorar a função do endotélio e outros fatores de risco cardiovascular em crianças obesas.

O endotélio é a parede interna do vaso arterial e em indivíduos obesos, com sobrebeso e hipertensão arterial deixa de funcionar corretamente e aumenta o risco cardiovascular.

Participaram do estudo 35 crianças com sobrepeso e com idade média de 10 anos que apresentavam disfunção no endotélio vascular. Foram avaliados também outros fatores como lipídeos, insulina, glicose, peso, estatura e pressão arterial. As crianças foram divididas em grupos, sendo que um dos grupos realizou 12 semanas de treinamento com o Dance Dance Revolution, e o outro grupo não fez nenhum exercício.

Os resultados demonstraram que o exercício melhorou significativamente a função endotelial, melhorou o tempo do teste máximo (teste ergométrico), a pressão arterial média, o peso corporal e o volume de oxigênio (VO2máx).

A conclusão foi de que 12 semanas de Dance Dance Revolution melhorou a função do endotélio vascular, o condicionamento aeróbio e a pressão arterial média em crianças com sobrepeso. Estes resultados precisam ser mais investigados em uma amostra maior de crianças obesas.

Murphy EC, Carson L, Neal W, Baylis C, Donley D, Yeater R.Effects of an exercise intervention using Dance Dance Revolution on endothelial function and other risk factors in overweight children. Int J Pediatr Obes. 2009 Apr 3:1-10.

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Efeitos de 12 semanas de treinamento físico no coração (ventrículo esquerdo) de sedentários

4/05/2009 07:30:00 AM

A hipertrofia ventricular esquerda fisiológica pode ocorrer em pessoas que praticam exercício aeróbio de longa duração regularmente. Por este motivo, foram estudados os efeitos do exercício regular em características do ventrículo esquerdo de indivíduos sedentários jovens e de meia-idade sem doença cardíaca prévia.

Foram recrutados 33 indivíduos (18 mulheres, 15 homens, com idades) submetidos a 12 semanas de treinamento de caminhada visando a corrida sendo a freqüência cardíaca durante o exercício > 120 batimentos / min e a duração do exercício de pelo menos 30 minutos ou mais com freqüência de 3 vezes por semana.

O ventrículo esquerdo foi analisado através de ressonância magnética. A intensidade do treinamento foi estimada pela correlação positiva entre o aumento do ventrículo esquerdo na área do miocárdio selecionando-se assim 28 homens e mulheres para o estudo.

Em 13 homens e mulheres que treinaram com freqüência cardíaca> 120 batimentos / min, a área do miocárdio relativa ao ventrículo esquerdo aumentou após o treinamento (17,7 vs 16,8 cm2, p <0,05). Além disso, o ventrículo esquerdo aumentou mais nos que treinaram com freqüência cardíaca acima de 120 batimentos do que nos 15 homens e mulheres que treinaram com menor intensidade (p <0,05). O volume sistólico final do ventrículo esquerdo e a fração de ejeção não se alteraram significativamente.

Foi concluído que o treinamento de exercício físico de moderada a vigorosa intensidade não influencia o ventrículo esquerdo e o volume diastólico final ou fração de ejeção, mas tem uma pequena influencia na hipertrofia ventricular esquerda em homens e mulheres sedentários sem doença cardíaca prévia. © 2009 Elsevier Inc. (Am J Cardiol 2009; 103:567-571)

Sipola P, Heikkinen J, Laaksonen DE, Kettunen R.Influence of 12 weeks of jogging on magnetic resonance-determined left ventricular characteristics in previously sedentary subjects free of cardiovascular disease. Am J Cardiol. 2009 Feb 15;103(4):567-71. Epub 2008 Dec 25.

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Sedentarismo não é uma opção

4/03/2009 09:22:00 PM

A incidência de doenças coronarianas aumenta com o aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL). Níveis de triglicerídeos plasmáticos são aceitáveis fatores de risco para doença vascular periférica e doença coronariana em mulheres e indivíduos com diabetes, mas no passado, triglicerídeos plasmáticos eram pouco associados a doenças do coração e aumento do risco cardíaco. Recentemente uma meta-análise com 17 estudos comprovam fortes evidências de que níveis de triglicerídeos plasmáticos é um fator de risco cardíaco independente (6). Após ajuste para outros fatores de risco, incluindo o bom colesterol (HDL), ma aumento de 88 mg/dl nos triglicerídeos plasmáticos esta associado com 14% de aumento do risco de doença cardíaca em homens e 37% em mulheres(3).

Existe um consenso de que a atividade física diminui o risco de doença cardíaca e parte destes resultados se deve a melhora do perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos) (5). Atualmente, alguns fatores influenciam a síntese e catabolismo de lipoproteínas e lipídeos pela alteração de interações entre lipídeos, lipoproteínas, apolipoproteínas e enzimas associadas ao metabolismo de lipoproteínas. Recentemente estudos têm demonstrado o efeito do exercício em lipídeos plasmáticos e níveis de lipoproteínas, os mecanismos responsáveis por estas mudanças no metabolismo de lipídeos e lipoproteínas e suas interações com fatores genéticos e ambientais não é completamente compreendido (2).

Fatores como idade, distribuição de gordura corporal, tabagismo, são fatores conhecidos que alteram o metabolismo e composição de lipoproteínas (6). Por exemplo, programas de intervenção que reduz a ingestão de gordura e aumenta a de carboidrato enquanto aumenta a atividade física diária influencia positivamente lipídeos plasmáticos e perfis de lipoproteínas reduzindo risco cardíaco. Devido a avaliação cientifica contínua, nos entendemos melhor os impactos positivos do treinamento de exercício físico e recentes estudos indicam qual o volume e intensidade do exercício necessário para promover tais mudanças. (8, 9).Adicionalmente, o exercício intermitente e várias sessões curtas de exercício realizadas em um único dia podem alterar positivamente lipídeos plasmáticos e níveis de liproteínas. (1). Recentes estudos relatam menor triglicerídeo plasmático pós prandial (após refeição) e atenuação da lipemia pós prandial seguido de um exercício agudo (1).

Além da atividade física regular, uma única sessão exercício também pode alterar positivamente lipídios plasmáticos e perfis de lipoproteínas. Além disso, esses efeitos são diferentes para indivíduos sedentários e treinados e podem durar até 3 dias após o exercício. Crouse et al. (4) e Visich et al. (12) relataram que, em indivíduos sedentários, alterações nos lipídios e lipoproteínas podem ocorrer após uma única sessão, quando um exercício gasta pelo menos 350 kcal. Por outro lado, Ferguson et al. (8) relataram que uma única sessão com um exercício com gasto energético de pelo menos 1100 kcal foi necessária para melhorar níveis de HDL-C em indivíduos treinados.

O estudo de Slentz e colegas (11) publicado no “Journal of Applied Physiology” foca não só sobre estes lipídeos, lipoproteínas e treinamento de exercício, mas considera o destreinamento e abandono do exercício. O presente estudo por Slentz et al. (11) tem por base estes resultados anteriores, avaliando o impacto da cessação do exercício e descreve informações importantes sobre os efeitos nocivos de ser sedentário.

Os mais importantes resultados deste estudo são os resultados em relação as alterações dos lipídios plasmáticos e lipoproteínas durante um período de 15 dias de destreinamento. Os indivíduos foram divididos em três grupos com base no volume e intensidade do exercício com um quarto grupo como um controle. Após 6 meses de treinamento de exercício, todos os grupos melhoraram o perfil HDL (bom colesterol). Esta melhora do perfil de HDL-C foi então mantida durante um período de destreinamento de 15 dias. Este achado é importante porque propriedade antiaterogênicas do HDL são postuladas como tendo efeitos anti-inflamatórios (10). Estas mudanças positivas em lipídios e lipoproteínas foram mantidas por 15 dias sem exercício.

Triglicerídeos plasmáticos total e triglicéridos associado à lipoproteína de muita baixa densidade (VLDL) também foram reduzidos em todos os grupos após o treinamento de exercício. No entanto, estes níveis se mantiveram mais baixos depois de 15 só no treino de baixo volume, de intensidade moderada de exercício. Assim, quando no exercício envolve volumes menores e intensidades moderadas, estes efeitos benéficos ainda podem persistir após destreinamento. Esta informação pode ser um achado importante, porque os indivíduos que começam um programa de exercício com um baixo volume e moderada intensidade podem provavelmente se tornarem fisicamente ativos. Novamente, o mais importante aspecto destas conclusões é que os efeitos benéficos do treinamento de exercício nos lipídios plasmáticos e lipoproteínas são mantidos por até 15 dias. Assim, sedentarismo não é uma opção.

J. Larry Durstine and G. William Lyerly. No physical activity or exercise is not an option. J Appl Physiol, Aug 2007; 103: 417 - 418.

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