Prisma Fit
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Efeitos cardíacos agudos após correr uma maratona.

2/28/2010 05:47:00 AM


Um estudo publicado em fevereiro de 2010 busca esclarecer a importância da disfunção cardíaca e avaliar sua relação com biomarcadores elevados em indivíduos saudáveis, de meia-idade, imediatamente após a execução de 26,2 milhas por ressonância magnética cardiovascular. 

Disfunção cardíaca e marcadores sanguíneos elevados de lesão do miocárdio têm sido relatados após o exercício extenuante prolongado. Participaram do estudo 425 voluntários, 13 mulheres e 12 homens foram escolhidos aleatoriamente e foram submetidos a teste de esforço cardiopulmonar até a exaustão. Biomarcadores sanguíneos, ressonância magnética cardiovascular e 24-horas de eletrocardiografia ambulatorial foram realizadas 4 semanas antes e imediatamente após a corrida. 

Os resultados mostraram que os participantes (com média de idade de 38,7 + / -9,0 anos) tiveram o consumo de oxigênio basal pico de 52,9 + / -5,6 ml / kg / min, e completaram a maratona em 256,2 + / -43,5 minutos. A troponina I e peptídeo natriurético B aumentaram após a corrida, P = 0,001 e P <0,0001, respectivamente. A fração de ejeção ventricular medida por ressonância magnética cardiovascular pré e pós-maratona foram semelhantes, 57,7 + / -4,1% e 58,7 + / -4,3%, respectivamente, P = 0,32. O índice de volume atrial direito aumentou de 46,7 + / -14,4 a 57,0 + / -14,5 mL / m (2), P <0,0001. Da mesma forma, o índice de volume sistólico final do ventrículo direito aumentou de 47,4 + / -11,2 para 57,0 + / -14,6 mL / m (2) (P <0,0001) enquanto que a fração de ejeção do ventrículo direito diminuiu de 53,6 + / -7,1 para 45,5 + / -8,5%, P <0,0001. 

Não houveram alterações morfológicas observadas no átrio esquerdo ou ventrículo nem evidência de lesão isquêmica a qualquer câmara. Não foram observada arritmias significativas. A participação em maratona provoca a dilatação do átrio direito e do ventrículo direito, diminuição da fração de ejeção do ventrículo direito, liberação de troponina I e peptídeo natriurético tipo B, mas não parece resultar em lesão isquêmica a qualquer câmara.


Trivax JE, Franklin BA, Goldstein JA, Chinnaiyan KM, Gallagher MJ, Dejong AT, Colar JM, Haines DE, McCullough PA.Acute Cardiac Effects of Marathon Running. J Appl Physiol. 2010 Feb 11. [Epub ahead of print]
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Por que você não faz exercício?

2/26/2010 05:53:00 AM


Você sempre encontra desculpa para não se exercitar? Um estudo publicado na revista científica Health Promotion International em 2009 teve como objetivo avaliar as barreiras ao exercício regular entre adultos com alto risco ou já diagnosticados com diabetes tipo 2 (DM2), devido à importância do exercício na prevenção de DM2.

O aumento do número de adultos sedentários é uma das razões para elevação contínua da prevalência de diabetes tipo 2. número total de pessoas com diabetes é estimada de 171 milhões em 2000 para 366 milhões em 2030 (Wild et al., 2004). Esta previsto pandemia de diabetes o que significa que centenas de milhões de pessoas estão em alto risco de desenvolver DM2. Alterações no estilo de vida tais como o exercício regular, hábitos alimentares saudáveis e perda de peso são importantes na prevenção de DM2.

O exercício melhora a sensibilidade à insulina e, portanto, impede o desenvolvimento de diabetes (Swartz et al., 2003; Yamanouchi et al., 1995), além de trazer diversos benefícios para a saúde de indivíduos já diagnosticados com diabetes (Albright et al., 2000).

Uma questão importante que precisa ser respondida é como motivar os adultos sedentários a se exercitarem regularmente?

Barreiras percebidas para o exercício são importantes e a identificação de tais fatores favorece identificação de soluções focando mais nos benefícios do que nos obstáculos ou inconvenientes (Nagelkerk et al., 2006). Esta informação é necessária para desenvolver campanhas de incentivo a prática do exercício e aconselhamento efetivo.

O objetivo do estudo destes pesquisadores finlandeses foi avaliar o que se sabe sobre os obstáculos ao exercício regular seja entre os indivíduos com alto risco ou aqueles já diagnosticados com DM2.

Os principais obstáculos verificados foram:

Falta de tempo
Relutância em ir até a academia fazer exercício por causa do tempo
Períodos de espera na academia
O exercício é um exercício de baixa prioridade não é importante, interessante
Preguiça
Falta de motivação
Objetivos a curto prazo já alcançados ou a longo prazo inalcançáveis
Alguma coisa boa na televisão ou outros planos com os amigos
Falta de energia
Não gostar de exercício
Exercício aumenta a transpiração
Exercício "faz-me sentir desconfortável
Desconforto físico do exercício
Muito acima do peso para o exercício
Percepções e experiências da doença e de problemas de saúde física
Problemas de saúde
Medo da hipoglicemia
Indisposição
Dor
Saúde insuficiente
A dor física causada pelo exercício
Doenças coexistentes
Sentindo-se mal psicologicamente
Depressão
Cansaço
Timidez
Indisponibilidade para o exercício com as pessoas que não têm diabetes tipo 2
Falta de motivação
Perda do emprego, mudar, ter filhos, o desenvolvimento de diabetes, mudança do emprego, casar, separando do companheiro, sair de casa
Situação de vida estressante
Falta de cuidados infantis
Cuidar de crianças / netos
Ocasiões especiais
Responsabilidades sociais
Assuntos da família
Dificuldades em casa
Falta de lugar seguro para o exercício
Má iluminação da rua
Medo e vergonha (por não estar familiarizado com os locais, vizinhança e dificuldades de comunicação)
Preocupando-se com lesão
Falta de apoio da família
A falta de apoio social
Falta de aconselhamento médico sobre o exercício
Falta de conhecimento pessoal
Falta de local conveniente para o exercício
Falta de instalações
Dificuldade em participar no exercício
Falta de acesso ao exercício, as instalações ou equipamentos
Barreiras ambientais, tais como o tráfego
A falta de calçadas apropriadas
Instalações ruins de iluminação pública e local inseguro
Falta de transporte
O custo do transporte (caro)
Falta de instalações culturalmente sensíveis
Tabus religiosos e culturais
Relutância em exercício nas quintas-feiras por causa das obrigações com a igreja
Condições meteorológicas

Como conclusão os autores sugerem ser importante para ajudar os adultos com alto risco ou já diagnosticados com diabetes tipo 2 identificar as barreiras para o exercício regular e propor soluções para estes problemas. Para alcançar este resultado é preciso desenvolver o conteúdo e métodos de aconselhamento. São necessárias mais pesquisas na área devido a necessidade de intensificar o aconselhamento e melhorar a sua eficácia.

Os autores no texto foram citados por Korkiakangas EE, Alahuhta MA, Laitinen JH., 2009

Health Promot Int. 2009 Dec;24(4):416-27. Epub 2009 Sep 30. Review.

* Conteúdo exclusivo do http://www.portaldiabetes.com.br/
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