Prisma Fit
Notícias sobre ciência, saúde e qualidade de vida.

Parando de fumar?

3/30/2009 08:34:00 PM

Largar o cigarro não é fácil! Isso ocorre porque a nicotina causa dependência e sua retirada provoca efeitos no organismo.

O cigarro é o maior fator de risco para doenças cardiovasculares, doenças respiratórias e câncer. Largar o cigarro é a mais efetiva intervenção terapêutica para reduzir o risco de comorbidades e mortalidade em fumantes. Entretanto, parar de fumar causa diversos efeitos no organismo e sintomas como depressão e ansiedade.

A prevalência de fumantes em países desenvolvidos tem diminuído nos últimos anos, entretanto o cigarro continua afetando a saúde milhares de pessoas.

A depressão é um sintoma freqüente após retirada de nicotina e para diagnósticos de depressão, a participação de médicos psiquiatras para aconselhamento poderá ser útil ou até mesmo a terapia cognitivo comportamental. Além disso, devido a depressão ser normalmente parte da síndrome de abstinência, os médicos podem considerar algum tipo de tratamento farmacológico para a dependência da nicotina como, por exemplo, uso de nicotina terapêutica, ou combinação nicotina terapêutica e antidepressivos, como a bupropiona ou nortriptilina. Além disso, bupropiona e nortriptilina podem ter uma importância adicional na redução do risco de recaída.

Assim como a depressão, a ansiedade é normalmente parte da síndrome de abstinência. Fumantes que apresentam aumento dos sintomas de ansiedade podem ser indicados pelo medico a um tratamento farmacológico para a dependência da nicotina  (aumento da nicotina terapêutica). O uso de benzodiazepínicos deve ser evitado devido ao risco de efeitos colaterais, bem como seu potencial para abuso e dependência. A longo prazo pode ser considerado pelo médico o uso de inibidores seletivos, da recaptura da serotonina ou inibidores da recaptação serotonina, e noradrenalina. O aconselhamento com terapia cognitivo comportamental pode também ser muito útil.

O exercício físico também ajuda a parar de fumar e deve ser feito de forma intensa. Além de melhorar sintomas de depressão e ansiedade o exercício ajuda a controlar o peso corporal.

Aubin HJ.Management of emergent psychiatric symptoms during smoking cessation. Curr Med Res Opin. 2009 Feb;25(2):519-25

Marcus BH, Albrecht AE, King TK, Parisi AF, Pinto BM, Roberts M, Niaura RS, Abrams DB.The efficacy of exercise as an aid for smoking cessation in women: a randomized controlled trial. Arch Intern Med. 1999 Jun 14;159(11):1229-34.

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Coração de atleta

3/29/2009 02:43:00 PM

O treinamento regular causa aumento do coração, termo conhecido popularmente como coração de atleta. Este resultado é uma combinação de aumento da cavidade ventricular esquerda (dilatação) e aumento da espessura da parede (hipertrofia). O estímulo e o processo envolvido é complexo mas parece estar ligado com o crescimento normal do coração de uma criança. Exercício de força, como a musculação, estimula a hipertrofia com dimensões normais das cavidades (concêntrica), enquanto o exercício aeróbio estimula a hipertrofia e dilatação da cavidade (excêntrica).

David Oakley
GENERAL CARDIOLOGY: The athlete's heart
Heart, Dec 2001; 86: 722 - 726.

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Osteoporose e tratamento não farmacológico

3/28/2009 03:39:00 PM

A osteoporose é um distúrbio osteometabólico, caracterizado pela perda de massa óssea e desarranjo de sua microarquitetura que eleva a fragilidade dos ossos. A densidade mineral óssea (DMO) é um importante componente de resistência do osso. O exame de DMO, realizado através da densitometria óssea medida pela absorção de raios-X de dupla energia (DXA Dual X-Ray Absorptiometry), é considerado mais adequado e preciso para diagnóstico e determinar a existência do risco.

A atividade física é um dos mais importantes tratamentos não farmacológicos para aumentar e manter a densidade mineral óssea. A importância de se manter a DMO e a força é que estes fatores reduzem o risco de fraturas futuras causadas pela osteoporose. Entretanto nem todos os exercícios são efetivos e a prescrição deve levar em consideração o tipo, intensidade, freqüência e duração.

Estudos utilizando animais apontam que a sobrecarga é extremamente importante e efetiva na manutenção da DMO. Já em humanos estudos comparando diferentes populações atléticas sugerem que aqueles que participam de esportes de alto impacto (vôlei, barreiras, squash) possuem maior densidade mineral óssea comparado a esportes de baixo impacto (ciclismo e natação).

O exercício mais recomendado é o que se utiliza do peso do corpo e que fortalece a musculatura. Tais atividades melhoram a agilidade, força, postura, equilíbrio e reduz o risco de quedas. O pico de massa óssea ocorre entre 25 e 35 anos mas o exercício pode aumentar modestamente a DMO.

J A Todd and R J Robinson. Osteoporosis and exercise. Postgrad. Med. J., Jun 2003; 79: 320 - 323.

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Índice glicêmico e exercício

3/27/2009 06:14:00 AM

Consumir carboidratos de baixo índice glicêmico antes do exercício pode resultar em aumento da oxidação (quebra) de gordura durante a atividade física e maior sensação de saciedade na refeição após o exercício. Esta foi a conclusão de pesquisadores da Escola de Ciências Biomédicas do Reino Unido da Universidade de Nottingham em um estudo publicado este mês na Journal of Nutrition.

Foram comparados os efeitos de um café da manhã com alto e baixo índice glicêmico durante e após exercício de caminhada em mulheres sedentárias. As respostas metabólicas e de apetite também foram investigadas.

Oito mulheres saudáveis sedentárias participaram de duas sessões de exercício. Em cada sessão as participantes ingeriam um café da manhã com alto ou baixo índice glicêmico 3 horas antes de caminhar por 60 minutos. Terminado o exercício as voluntárias do estudo almoçavam e permaneciam no laboratório por 2 horas.

A glicose plasmática e insulina após o almoço foram mais elevadas na sessão em que foi ingerido no café uma refeição de alto índice glicêmico comparado com de baixo índice. Após 3hs da ingestão do café da manhã, a oxidação de gordura foi suprimida em ambas sessões sendo mais alta na sessão de baixo índice glicêmico. Durante o exercício a oxidação de gordura foi maior naquelas que ingeriram o café da manhã com baixo índice glicêmico. As participantes relataram se sentirem mais saciadas no almoço após ingerir café da manhã de baixo indice glicêmico comparado com o de alto índice.

O café da manhã de baixo índice glicêmico aumenta a oxidação de gordura durante o exercício subseqüente e aumenta a sensação de saciedade no período pós exercício em mulheres sedentárias.

Stevenson EJ, Astbury NM, Simpson EJ, Taylor MA, Macdonald IA.Fat Oxidation during Exercise and Satiety during Recovery Are Increased following a Low-Glycemic Index Breakfast in Sedentary Women. J Nutr. 2009 Mar 25.

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Exercício prenatal reduz o risco de preeclampsia em 34%

3/24/2009 09:02:00 AM

Mulheres fisicamente ativas durante as primeiras 20 semanas de gravidez tem notadamente menor risco de preeclampsia, de acordo com resultados de um estudo publicado na “Hypertension”.

O estudo incluiu 210 mulheres grávidas com proteinúria induzindo hipertensão e 383 mulheres normotensas como grupo controle. O grupo que participou de alguma forma de atividade física ou recreacional nas primeiras 20 semanas de gestação teve 34% menor risco de desenvolver hipertensão induzida pela gestação, comparada com mulheres que não se exercitaram.

Mulheres que participaram de atividade física vigorosa durante a gestação tiveram 54% menor incidência de preeclampsia comparado ao grupo controle, relatou Dr. Tanya K. Sorensen durante sessão de poster do Encontro Annual da Sociedade de Medicina Materno Fetal. As mulheres participantes responderam questionário durante o período pós parto no hospital descrevendo os tipos de atividades realizadas durante o início da gravidez, assim como a frequencia e duração, disse Dr. Sorenson do centro de estudos perinatais Swedish Medical Center, Seattle.

Das mulheres que desenvolveram preeclampsia, 49,3% não realizavam nenhum tipo de atividade física.

Tanya K. Sorensen, Michelle A. Williams, I-Min Lee, Edward E. Dashow, Mary Lou Thompson, and David A. Luthy. Recreational Physical Activity During Pregnancy and Risk of Preeclampsia. Hypertension, Jun 2003; 41: 1273 - 1280.

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Exercício Físico, gestação e crescimento

3/24/2009 08:45:00 AM

Exercício Físico regular desde a 8° e 9° semana de gestação interfere positivamente no crescimento 

Segundo pesquisa publicada no American Journal Obstet Gynecol em 2000, o exercício físico regular que utiliza o peso corporal como caminhada em esteira, step e subir escadas promovem aumento do crescimento fetoplacental (bebês com maior peso ao nascer, maior estatura, taxa de crescimento placentária maior).

Participaram deste estudo 46 mulheres entre a 8°-9° semana de gestação e com idade média de 31 ± 1 anos. Elas foram dividas em dois grupos: 22 no grupo exercício (20 min de caminhada em esteira, step e subir escadas, 3 a 5 vezes na semana com intensidade de 55-60% da capacidade aeróbia pré-concepção) e 24 no grupo controle (não fizeram exercícios).

Os resultados demonstraram que as gestantes que se exercitaram deram a luz a bebês com maior peso 3,75±0,8 kg vs 3,48±0,3kg no grupo sem exercício e estatura 51,8±0,3 cm vs 50,6 ±0,3 cmrespectivamente. Além disso, os bebês das mamães ativas fisicamente tiveram maior massa muscular.

A taxa de crescimento placental e o volume da placenta na 20° e 24° semana de gestação foi maior no grupo que se exercitou.

Os autores indicam que a intensidade de exercício correta para a gestante seria quando a mesma começasse a suar entre 5 e 10 minutos, porém uma dica é que a gestante seja que capaz de manter uma conversa enquanto se exercita. Estas indicações vão variar de acordo com a frequência e duração do treinamento prescrito.

Clapp JF, Kim H, Burciu B, Lopez B.Beginning regular exercise in early pregnancy: Effect on fetoplacental growth. Am J Obstet Gynecol Volume 183, Number 6, December 2000.

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Diabetes tipo 1.5?

3/23/2009 04:58:00 AM

O diabetes tipo 1.5 é uma forma de diabetes, por vezes chamado de "diabetes duplo" e também diabetes autoimune latente do adulto (LADA). É caracterizado quando o paciente tem aspectos tanto de diabetes tipo 1 quanto do tipo 2.

No final da década de 1990, pesquisadores começaram a classificar os dois grandes tipos de diabetes por seus problemas metabólicos e chamou-os de tipo 1 e tipo 2.

Diabetes tipo 1 é caracterizado pela auto-destruição das células beta e consequente produção de pouca ou nenhuma insulina, e a presença de anticorpos contra certos componentes do sistema de produção de insulina, tais como descarboxilase do ácido glutâmico (GAD), tirosina fosfatase, e / ou de ilhotas de células. Muitas vezes se desenvolve em crianças (embora possa ocorrer em qualquer idade) e requer tratamento com insulina.

O diabetes tipo 2, é caracterizado pela resistência à insulina e disfunção das células beta. Geralmente se desenvolve em adultos (embora esteja agora ocorrendo com freqüência alarmante em crianças), e não mostra sinais de doença auto-imune. Geralmente não necessita de insulina, pelo menos no início do tratamento.

Pesquisas posteriores, mostraram que existiam pessoas que não necessitavam de insulina no momento do diagnóstico (a maioria dos quais se calcula terem diabetes tipo 2), mas apresentaram um número significativo de anticorpos, especialmente anticorpos contra ilhotas e células GAD. Em outras palavras, essas pessoas poderiam ser tratadas inicialmente com dieta e medicamentos por via oral como as pessoas com diabetes tipo 2, mas também tem um processo auto-imune como pessoas com diabetes tipo 1.

O LADA, é responsável por 10% de todos os diabetes diagnosticados. O anticorpo mais prevalente no LADA é o antidecarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) sendo realizado um teste deste anticorpo para a identificação da doença.

Não se sabe ainda, se o LADA é uma variante de DM1 ou outra patologia com identidade própria. A maior incidência concentra-se em pacientes entre 35 e 60 anos, magro e com cetose .Na maioria dos casos, não é utilizada terapia insulínica no início do tratamento. Por não se utilizar insulina, pode ser confundido com o diabetes do tipo 2.

POZZILLI P, DI MARIO U. Autoimmune diabetes not requiring insulin at diagnosis (latent autoimmune diabetes of the adult): definition, characterization, and potential prevention. Diabetes Care. 2001 Aug;24(8):1460-7.

CALSOLARI, Maria Regina et al. Diabetes auto-imune latente do adulto ou diabetes melito tipo 2 magro?. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2008, v. 52, n. 2. 315-21.

SILVA, Maria Elizabeth R. et al. Diabetes autoimune em adultos: características clínicas e autoanticorpos. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2003, v. 47, n. 3. 248-55.

Dinsmoor, Robert. Type 1.5 Diabetes. http://www.diabetesselfmanagement.com/articles/Diabetes_Definitions/Type_15_Diabetes> Acessado em 23 de março de 2009.

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Está precisando de mais criatividade?

3/22/2009 06:48:00 AM

Se o seu trabalho exige criatividade saiba que o exercício pode ajudar!

Pesquisadores da Middlesex University estudaram o efeito agudo do exercício no humor e criatividade. Já é conhecido na literatura que uma única sessão de exercício afeta positivamente no humor. Alguns estudos apontam que o exercício aumenta pensamentos criativos, mas evidências eram ainda inconclusivas. O bom humor pode favorecer pensamentos criativos. Existem alguns pesquisadores que acreditam que o movimento corporal auxilia na criatividade e ajuda a superar "bloqueios”.

O objetivo do estudo foi estabelecer quando pensamentos positivos pós exercício é atribuído a melhora do humor. Desta forma, 63 voluntários participaram de várias sessões que comparavam sessão de exercício (aula aeróbica ou dança) e controle (assistindo um vídeo). O humor foi analisado através de listas de adjetivos e pensamentos criativos pelo Teste de Torrance.

Os resultados mostraram que houve um aumento significante na melhora do humor (p<0,001) e um decréscimo no humor positivo após o vídeo (p<0,001). Aumento significante entre pensamentos criativos foi relatado. Concluíram assim, que o exercício melhora o humor e aumenta os pensamentos criativos.

Steinberg H, Sykes EA, Moss T, Lowery S, LeBoutillier N, Dewey A. Exercise enhances creativity independently of mood. Br J Sports Med. 1997 Sep;31(3):240-5.

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Exercícios Físicos e o Diabetes Tipo 1

3/19/2009 09:05:00 PM

Recebi um email solicitando informações sobre os efeitos dos exercícios para indivíduos com diabetes tipo 1. Por este motivo, resolvi escrever um pouco sobre quais os benefícios e implicações da atividade física regular para estes pacientes.

O diabetes tipo 1, caracteriza-se pela total deficiência na produção da insulina, hormônio que é responsável pela “entrada do açúcar para dentro das células”. Quando o indivíduo não produz a insulina, o açúcar se acumula no sangue e causa o que chamamos de hiperglicemia. O exercício capta a glicose sem precisar da insulina e por isso é utilizado como tratamento não farmacológico.

O exercício físico é indicado para diabéticos tipo 1 por diversos motivos dentre os quais se destacam :

- controle do peso corporal;

- melhora na sensibilidade à insulina (insulina utilizada como medicamento),

- redução das doses de insulina, devido a melhora da sua sensibilidade, pois é necessária menor quantidade de insulina para captar o açúcar do sangue;

- diminuição das disfunções autonômicas e cardiovasculares, uma vez que o diabetes causa algumas alterações na função autonômica que se relaciona ao sistema nervoso simpático e parassimpático e também no coração e artérias.

O diagnóstico do diabetes tipo 1 não deve ser impedimento para a prática esportiva em pacientes que não possuem complicações e apresentam um bom controle glicêmico, entretanto alguns cuidados devem ser tomados. A habilidade de se ajustar medicamentos, alimentação e exercício físico auxiliam na participação segura e são importantes fatores que devem ser considerados durante a preparação de estratégias de treinamento para indivíduos com diabetes.

Particularmente, a importância da monitorização da glicose sanguínea em resposta ao exercício físico melhora o desempenho e aumenta a segurança dos indivíduos.

A hipoglicemia, que pode ocorrer imediatamente ou horas após o fim do exercício físico, pode ser evitada através do conhecimento das respostas metabólicas e hormonais individuais e elaboração de um treinamento adequado. Alguns estudos apontam que a melhor maneira de se prevenir a hipoglicemia é através da ingestão apropriada de carboidrato antes e durante a atividade (Grimm, Ybarra et al. 2004; Iafusco 2006; Guelfi, Jones et al. 2007). O consumo de carboidrato depende do esporte praticado, duração, intensidade e hora do dia.

Toni et al., (2006), publicaram um artigo sobre terapia insulínica durante o exercício e apresentam algumas prováveis alterações nas dosagens de insulina de acordo com o exercício:

O exercício realizado no início da manhã antes do almoço:

- pode reduzir a dosagem de insulina utilizada de noite cerca de 20-50%, de acordo com a intensidade do exercício (Ruegemer, Squires et al. 1990);

- pode reduzir a dose de insulina de ação prolongada à noite (Peter, Luzio et al. 2005);

- pode ser útil reduzir a insulina entre 30-50% o período antes do almoço (Peirce 1999).

O exercício realizado após o almoço ou lanche:

- atraso da atividade por 1-2 horas após a administração da insulina (Steppel and Horton 2003);

- redução da dosagem de insulina pré-refeição 20-75% de acordo com a duração e intensidade do exercício (Rabasa-Lhoret, Bourque et al. 2001).

- pode ser necessário reduzir as doses de insulina antes das próximas refeições (Rabasa-Lhoret, Bourque et al., 2001, Steppel e Horton, 2003).

Exercício prolongado:

- pode reduzir dosagem de insulina rápida pré-refeição por 30-50% se o exercício durar até 4 horas;

- pode reduzir dosagem de insulina na noite anterior.

É importante lembrar que estas sugestões clínicas devem ser avaliadas somente pelo seu endocrinologista e dependem das respostas individuais. Por isso NUNCA altere a dosagem da sua insulina ou qualquer outro medicamento sem indicação médica. Os ajustes exatos dependem de cada indivíduo, nível de condicionamento, tipo de atividade e outros fatores que deverão ser considerados.

Referências Bibliográficas

Grimm J, Ybarra J, Berné C, Muchnick S and Golay A: A new table for prevention of hypoglycaemia during physical activity in type 1 diabetic patients. Diabetes Metab 30:465-70, 2004

Guelfi K, Jones T and Fournier P: New insights into managing the risk of hypoglycaemia associated with intermittent high-intensity exercise in individuals with type 1 diabetes mellitus: implications for existing guidelines. Sports Med 37:937-46, 2007

Iafusco D: Diet and physical activity in patients with type 1 diabetes. Acta Biomed 77 Suppl 1:41-6, 2006

Peirce N: Diabetes and exercise. Br J Sports Med 33:161-72; quiz 172-3, 222, 1999

Peter R, Luzio S, Dunseath G, Miles A, Hare B, Backx K, Pauvaday V and Owens D: Effects of exercise on the absorption of insulin glargine in patients with type 1 diabetes. Diabetes Care28:560-5, 2005

Rabasa-Lhoret R, Bourque J, Ducros F and Chiasson J: Guidelines for premeal insulin dose reduction for postprandial exercise of different intensities and durations in type 1 diabetic subjects treated intensively with a basal-bolus insulin regimen (ultralente-lispro). Diabetes Care24:625-30, 2001

Ruegemer J, Squires R, Marsh H, Haymond M, Cryer P, Rizza R and Miles J: Differences between prebreakfast and late afternoon glycemic responses to exercise in IDDM patients.Diabetes Care 13:104-10, 1990

Steppel J and Horton E: Exercise in the management of type 1 diabetes mellitus. Rev Endocr Metab Disord 4:355-60, 2003

Toni S, Reali M, Barni F, Lenzi L and Festini F: Managing insulin therapy during exercise in type 1 diabetes mellitus. Acta Biomed 77 Suppl 1:34-40, 2006

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Dieta Vegetariana e câncer

3/19/2009 02:53:00 PM

Poucos estudos avaliaram a incidência de câncer em vegetarianos. Nos EUA, um estudo sugeriu que vegetarianos possuem menor risco de câncer de cólon e próstata comparados a não vegetarianos (Fraser et al., 1999). Na Inglaterra, outro estudo sugere poucas diferenças entre incidência de câncer coloretal em vegetarianos e não vegetarianos (Sanjoaquin et al., 2004) e o “UK Women’s Cohort Study” verificou que mulheres que não comem carne tem menor risco de câncer de mama do que as que comem. 

Estudo publicado em março de 2009 na American Journal of Clinical Nutrition avaliou a incidência de câncer em vegetarianos e não vegetarianos no European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC-Oxford). A amostra constituiu de 63.550 homens e mulheres sendo 32% vegetarianos e ¾ eram mulheres. A média de idade dos vegetarianos era 11 anos menos do que a média dos não vegetarianos. Fumantes representavam 10% dos vegetarianos e 12% dos não vegetarianos. O índice de massa corporal (IMC) dos vegetarianos e consumo de álcool foi menor comparado aos não vegetarianos e o consumo de queijo, frutas e vegetais foi maior.

A incidência de câncer antes dos 90 anos foi 2.179.

O cigarro aumentou a incidência de câncer no pulmão e de todos os cânceres. O índice de massa corporal associou-se com a incidência de câncer de mama em mulheres, com índice menor que 20 kg/m2 comparados com índice de 20-22,4 kg/m2 .

O consumo de álcool maior ou igual a 8 g/d associou-se a incidência de câncer de próstata e o consumo menor ou igual a 8 g/d diminuiu o risco de câncer de ovário.

O risco de câncer coloretal foi maior nos vegetarianos comparado aos não vegetarianos. O risco de neoplasias malignas foi menor em consumidores de peixe e vegetarianos comparados aos consumidores de carne.

A incidência de câncer coloretal foi maior nos vegetarianos e surpreendeu os pesquisadores e pode ser explicada por outras diferenças na dieta entre os grupos. Na minha opinião outros fatores como hábitos de vida saudáveis também podem ter influenciado este resultado com a prática regular de exercícios físicos.

O consumo de vegetais e frutas foi maior no grupo vegetariano, porem esta diferença não foi muito grande, apenas 20%.

O estudo concluiu que tanto vegetarianos quanto não vegetarianos tiveram baixa incidência de câncer comparada a media nacional onde o estudo foi realizado. A incidência das neoplasias malignas foi maior nos não vegetarianos e consumidores de peixe do que em consumidores de carne porém, a incidência do cancer coloretal foi maior nos vegetarianos.

Referências Bibliográficas

Fraser GE. Associations between diet and cancer, ischemic heart disease, and all-cause mortality in non-Hispanic white California Seventhday Adventists. Am J Clin Nutr 1999;70(Suppl):532S–8S.

Sanjoaquin MA, Appleby PN, Thorogood M, Mann JI, Key TJ. Nutrition, lifestyle and colorectal cancer incidence: a prospective investigation of 10998 vegetarians and non-vegetarians in the United Kingdom. Br J Cancer 2004;90:118–21.

Taylor EF, Burley VJ, Greenwood DC, Cade JE. Meat consumption and risk of breast cancer in the UK Women’s Cohort Study. Br J Cancer 2007;96:1139–46.

Key TJ, Fraser GE, Thorogood M, et al. Mortality in vegetarians and non-vegetarians: detailed findings from a collaborative analysis of 5 prospective studies. Am J Clin Nutr 1999;70(suppl):516S–24S.

Davey GK, Spencer EA, Appleby PN, Allen NE, Knox KH, Key TJ. EPIC-Oxford: lifestyle characteristics and nutrient intakes in a cohort of 33 883 meat-eaters and 31 546 non meat-eaters in the UK. Public Health Nutr 2003;6:259–69.

Key TJ, Appleby PN, Spencer EA, Travis RC, Roddam AW, Allen NE.Cancer incidence in vegetarians: results from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition (EPIC-Oxford).Am J Clin Nutr. 2009 Mar 11.

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