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Sedentarismo não é uma opção

A incidência de doenças coronarianas aumenta com o aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do colesterol bom (HDL). Níveis de triglicerídeos plasmáticos são aceitáveis fatores de risco para doença vascular periférica e doença coronariana em mulheres e indivíduos com diabetes, mas no passado, triglicerídeos plasmáticos eram pouco associados a doenças do coração e aumento do risco cardíaco. Recentemente uma meta-análise com 17 estudos comprovam fortes evidências de que níveis de triglicerídeos plasmáticos é um fator de risco cardíaco independente (6). Após ajuste para outros fatores de risco, incluindo o bom colesterol (HDL), ma aumento de 88 mg/dl nos triglicerídeos plasmáticos esta associado com 14% de aumento do risco de doença cardíaca em homens e 37% em mulheres(3).

Existe um consenso de que a atividade física diminui o risco de doença cardíaca e parte destes resultados se deve a melhora do perfil lipídico (colesterol e triglicerídeos) (5). Atualmente, alguns fatores influenciam a síntese e catabolismo de lipoproteínas e lipídeos pela alteração de interações entre lipídeos, lipoproteínas, apolipoproteínas e enzimas associadas ao metabolismo de lipoproteínas. Recentemente estudos têm demonstrado o efeito do exercício em lipídeos plasmáticos e níveis de lipoproteínas, os mecanismos responsáveis por estas mudanças no metabolismo de lipídeos e lipoproteínas e suas interações com fatores genéticos e ambientais não é completamente compreendido (2).

Fatores como idade, distribuição de gordura corporal, tabagismo, são fatores conhecidos que alteram o metabolismo e composição de lipoproteínas (6). Por exemplo, programas de intervenção que reduz a ingestão de gordura e aumenta a de carboidrato enquanto aumenta a atividade física diária influencia positivamente lipídeos plasmáticos e perfis de lipoproteínas reduzindo risco cardíaco. Devido a avaliação cientifica contínua, nos entendemos melhor os impactos positivos do treinamento de exercício físico e recentes estudos indicam qual o volume e intensidade do exercício necessário para promover tais mudanças. (8, 9).Adicionalmente, o exercício intermitente e várias sessões curtas de exercício realizadas em um único dia podem alterar positivamente lipídeos plasmáticos e níveis de liproteínas. (1). Recentes estudos relatam menor triglicerídeo plasmático pós prandial (após refeição) e atenuação da lipemia pós prandial seguido de um exercício agudo (1).

Além da atividade física regular, uma única sessão exercício também pode alterar positivamente lipídios plasmáticos e perfis de lipoproteínas. Além disso, esses efeitos são diferentes para indivíduos sedentários e treinados e podem durar até 3 dias após o exercício. Crouse et al. (4) e Visich et al. (12) relataram que, em indivíduos sedentários, alterações nos lipídios e lipoproteínas podem ocorrer após uma única sessão, quando um exercício gasta pelo menos 350 kcal. Por outro lado, Ferguson et al. (8) relataram que uma única sessão com um exercício com gasto energético de pelo menos 1100 kcal foi necessária para melhorar níveis de HDL-C em indivíduos treinados.

O estudo de Slentz e colegas (11) publicado no “Journal of Applied Physiology” foca não só sobre estes lipídeos, lipoproteínas e treinamento de exercício, mas considera o destreinamento e abandono do exercício. O presente estudo por Slentz et al. (11) tem por base estes resultados anteriores, avaliando o impacto da cessação do exercício e descreve informações importantes sobre os efeitos nocivos de ser sedentário.

Os mais importantes resultados deste estudo são os resultados em relação as alterações dos lipídios plasmáticos e lipoproteínas durante um período de 15 dias de destreinamento. Os indivíduos foram divididos em três grupos com base no volume e intensidade do exercício com um quarto grupo como um controle. Após 6 meses de treinamento de exercício, todos os grupos melhoraram o perfil HDL (bom colesterol). Esta melhora do perfil de HDL-C foi então mantida durante um período de destreinamento de 15 dias. Este achado é importante porque propriedade antiaterogênicas do HDL são postuladas como tendo efeitos anti-inflamatórios (10). Estas mudanças positivas em lipídios e lipoproteínas foram mantidas por 15 dias sem exercício.

Triglicerídeos plasmáticos total e triglicéridos associado à lipoproteína de muita baixa densidade (VLDL) também foram reduzidos em todos os grupos após o treinamento de exercício. No entanto, estes níveis se mantiveram mais baixos depois de 15 só no treino de baixo volume, de intensidade moderada de exercício. Assim, quando no exercício envolve volumes menores e intensidades moderadas, estes efeitos benéficos ainda podem persistir após destreinamento. Esta informação pode ser um achado importante, porque os indivíduos que começam um programa de exercício com um baixo volume e moderada intensidade podem provavelmente se tornarem fisicamente ativos. Novamente, o mais importante aspecto destas conclusões é que os efeitos benéficos do treinamento de exercício nos lipídios plasmáticos e lipoproteínas são mantidos por até 15 dias. Assim, sedentarismo não é uma opção.

J. Larry Durstine and G. William Lyerly. No physical activity or exercise is not an option. J Appl Physiol, Aug 2007; 103: 417 - 418.

1 comentários:

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